Muita gente conseguiu escapar do manto da invisibilidade que as "histórias oficiais" sempre tentaram e todavia tentam nos jogar em cima para resistir bravamente com luta, arte, fé e atitude. Esse desconhecimento em tempos de tanta facilidade de acesso a informação é assustador. Temos uma pálida e distorcida ideia do nosso passado e desta forma, muita dificuldade para construir o nosso futuro.
Me incomoda deveras que minha filha e meu filho cresçam achando que a liberdade de que gozam hoje não foi conquistada por gente que arriscou o pescoço e sim concedida tenha sido lá com que interesse fosse. Me incomoda que não nos reconheçam como atores principais dos nossos avanços e limitem nossas crianças a história tão tímida (e vez por outra mentirosa) que é apresentada sobre elas mesmas nas escolas. Desta forma, tento aqui modestamente fazer a minha parte.
O Flor da Cor quer apenas ser mais um espaço a contar um pouquinho sobre essas moças, senhoras, idosas, adolescentes, algumas praticamente crianças, que ousaram e ousam sair do lugar subalterno a que uma parcela muito significativa da sociedade acreditava e ainda crê que devemos ocupar, como coadjuvantes das nossas próprias vidas. São mulheres do passado e do presente que formam um jardim, um imenso jardim de flores da cor!
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